Envergar uma farda: porque?
Por Wisllas Santos de Oliveira – Guiricema / MG
O QUE O LEVA A VESTIR UMA FARDA NO BRASIL
O Brasil é um dos países com o maior número de homicídios contra policiais, aproximadamente morrem 700 policiais por ano em virtude de seu trabalho.
Com números tão alarmantes, o que leva então homens e mulheres, todos os dias, a envergar sua farda e sair para as ruas para combater o crime? Por que lutam em prol de uma sociedade que glorifica quando um policial morre?
Por um lado, muitos exercem a profissão como mais um simples servidor público, tem para si que a profissão policial é apenas um caminho mais curto para se ter alguns benefícios: uma aposentadoria breve, boa remuneração, plano de saúde, status social entre tantos outros benefícios. E assim acabam esquecendo o real valor de sua profissão.
Lado outro, a maioria dos agentes são cidadãos honrados, corajosos, amantes de uma profissão tão arriscada. Homens e mulheres que acreditam na lei e que se vêem capazes de promover segurança àqueles que não os valorizam, mas mesmo que isso lhes custe a própria vida tais guerreiros saem todos os dias de casa.
Por fim, presenciamos diariamente vários que não fazem jus aos direitos e benefícios que gozam, porém, uma corporação inteira não pode ser julgada por uma minoria. É dever da sociedade mudar suas convicções, pois, a profissão desses valentes é promover segurança à vida.
Grifo nosso: Gostaria de agradecer ao nosso amigo Wisllas por nos enviar a sua redação e nos ajudar a contribuir com a preparação dos demais candidatos que desejam vestir a farda de guerreiro, seja aqui em Minas ou em outro Estado. Este é mais um capítulo do nosso tópico Redação nota 10 e espero que gostem do texto. Abaixo faremos nossos comentários.
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eu que agradeço a oportunidade!
em breve espero carregar a honrosa farda da PMMG.
Deus abençoe. Estamos orando por você.
Infelizmente há sim uma certa desmotivação por partes dos agentes policiais do estado, principalmente na capital. hoje a ideia é combater se aparecer na frente, mas a ostensividade preventiva só há com os mais antigos, ou as especializadas uma vez ou outra. falo isso porque moro numa área que evidencia este fato. Mas a omissão por parte da convencional é muito grande. Já presenciei o terceiro policial, numa área perigosa em suas vielas, dormindo na hora da ronda no banco de trás. O fato da violência não avançar aos centros “parece que está tudo normal”, e as abordagens já são praticamente escassas, a não ser em veículos suspeitos, que já é alguma coisa, porém muito pouco.
Hoje o conceito é: deixa para a próxima geração, do próximo concurso. no entanto, sabe-se que essa nova geração nova contém mais demandas que almejam mais a estabilidade do que o cumprimento da missão. é necessário impor a ideia de esteriótipo, que consiga perceber nos candidatos características intrínsecas que estejam à par de contribuir com os principios institucionais da polícia militar, que é a prevenção e o combate efetivo ao crime. É fundamental também, como forma de relembrar à tropa o seu conceito no meio social, já que hoje em dia, o conceito de serviço já não se confunde mais com cumprimento da missão, mas sim com o objetivo de cumprir o horário para o final do expediente.
Jonas;
Concordo com seus dizeres. Não é a realidade apenas de seu estado (qual é mesmo?), mas vejo isso de forma geral ao conversar com vários amigos de outros estados.
O aparato legal, normativo, judicante, determinados comandantes, etc, tem sido, claramente, dificuldades que desmotivam a tropa.
Eu trabalho por três motivos que independem destes citados: 1 – O que está escrito na Bíblia, ou seja, que Deus nos chamou para sermos autoridades. Eu vou prestar conta dessa autoridade e não quero me explicar por omissões.
2 – Por motivação interna. O gato corre atrás do rato por extinto. Ele não é ensinado a isso. Alguns gatos não comem a presa. O fazem por algo interno. Eu me sinto mais ou menos assim. Faço por prazer.
3 – Minha família e amigos. Eu sou policial. Ando armado o tempo todo. Isso não zera as chances que eu seja vítima de crimes. Mas se pra mim já é complicado, imagina meus familiares e amigos que não tem um canivete pra se defender. Como dizem, polpando os lobos condena-se as ovelhas.
Mineiro.
Mto bem colocado seu ponto de vista. Eu sou de Salvador-BA. Estudo pro CFO PMBA e você expôs em palavras exatamente o que eu penso. Parabéns, tamo junto!
Show. Tamu junto.
O tema abordado pelo Wisllas é um problema de extrema relevância em todas as profissões e profissionaia existentes no Brasil. Infelizmente estamos inseridos em um país de inúmeras possibilidades e oportunidades, porém em contra partida somos uma nação culturalmente acomodada e que vive na zona de conforto, que gostam de falar e buscar por uma “estabilidade”, como citado no texto..porém se esquecem que estabilidade é algo que não existe. Não têm disposição para buscar o novo, fazer a diferença em seus setores e assim não saímos da estaca zero. Isso é Brasil…
obg pelo comentário . nós precisamos juntos deixar o comodismo para melhorar o Brasil.
Wisllas, parabéns aí pelo texto. Eu gosto de amarrar os desenvolvimentos da redação com afirmações contidas na introdução. Você fez isso através de pergunta e trouxe duas visões sobre as possíveis respostas. Ficou bom. Porém o que mais chamou a minha atenção foi a convicção com que o tema foi tratado. Quando lemos um texto esperamos ser convencidos pelo autor. Isso tem muito na sua escrita.
Parabéns!!!
Jonas, obrigado pela visita e contribuição.
Abraços
obrigado pelas considerações ,busquei fazer o melhor,pretendo ser melhor ainda quando alcançar a minha sonhada farda,pois através dela terei a oportunidade em minhas mãos de colocar em prática .
abraços