Polícia: a cereja do Bolo
O panetone de cereja
Chega de falar de meu casamento e expor ao ridículo as nossas façanhas de casal. É hora de falar do casamento alheio…
Fomos passar o Natal na casa de uns primos da minha esposa. Chegando lá, encontramos uma mulher frustrada e um tanto quanto brava. Não dá pra acreditar que com dez anos de convivência o marido desceu ao centro comercial e após ter recebido o pedido da esposa para comprar um chocotone (diga-se de passagem que a dita cuja estava de dieta a mais de mês), lhe traz um panetone de chocolate com cerejas. Não, meu caro amigo leitor, não foi uma tentativa de melhorar. Ela odeia cereja e coincidentemente, seu marido ama chocotone de cereja. Estranho essas coincidências de casamento, não é? Não é mesmo dona esposa que me comprou uma torta esses dias que eu não gosto e que coincidentemente você ama (pare de mandar indiretas Weslley…).
20 anos de curso e o Senhor está sem bandoleira, 23?
Dez anos de casado não é suficiente para você conhecer uma mulher. Aliás, nem uma vida toda, mas você já sabe, pelo menos, o que ela gosta de comer.
Grande parte das polícias do Brasil já caminha em torno de dois séculos. No hall que foi sendo transmitido de forma muito empírica de geração em geração nos cursos de formações e pelos “antigões” aos mais modernos. Hoje, a transmissão é muito mais técnica e já existe doutrina escrita a respeito de procedimentos padrões, administração gerencial, estatísticas criminais, etc.
A polícia e seus interesses
Com tudo isso que foi mencionado já é possível saber o que a polícia – enquanto instituição – precisa receber de recursos (humanos e logísticos). No entanto, não poucas as vezes, a polícia recebe um panetone de cereja. Não é porque ela – a polícia – simplesmente não gosta. É porque, literalmente, não a serve.
Você já viu viaturas que não são condizentes ao serviço policial? Quartéis e delegacias improvisadas? Efetivos aquém do necessário? Enfim… acho que não preciso prolongar nos exemplos.
E o triste é ver que o marido que mantém essa esposa sabe disso e continua mantendo seus próprios interesses. Usam de umas “licitações” para comprar o mais caro com a menor qualidade só por causa de uma coisa: gostam da cereja. E só pra não deixar passar, esse chocotone de cereja vem numa lata enfeitada bem bonita. Acho que já falamos de casca x conteúdo num outro post. Se quiser ver mais sobre isso e casamento Clique aqui.
Vamos esperar pra ver os próximos natais…
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Sério que um ser humano normal gosta de chocotone de cereja??!
25 anos na “gloriosa” assistindo à mesma novela… parlamentos individuais quentes demais ou frios demais, justos de mais ou largos de mais, coturnos que arrancam um pedaço da unha ou o calcanhar inteiro…
Viaturas que na primeira revisão descobre-se que suas peças são importadas e a mão de obra tem que vir de martir…
Capítulos e capítulos se repetem e até as famigeradas canetas já vem defeituosas e não nos atendem!!!! (Detalhes: tudo comprado a preços exorbitantes).
Se tais aquisições fossem feitas por um “descuido do marido esquecido” seria “menos pior” !!!
Não! Tudo ardilosamente calculado para atender aos interesses de poucos: “ o marido” , o qual provê tão somente sua própria fome. A ganância pela cereja!!!
25 anos e tem muitas histórias pra contar hein. Aguardo mais textos.
Excelente o texto. Norteia a realidade dos governantes (maridos) com a instituição ( mulher).
Muito bom.
Obrigado
Excelente! Como sempre consegue através de um estilo de escrita bem peculiar, conciliar cenas do dia a dia em metáforas bem exemplificativas . Parabéns !!!
Valeu irmão.
Infelizmente fatos descritos, gostaria que fosse um texto para dar boas risadas nas comparações, mas não é…
Até qdo? Mais uma vez, infelizmente; sempre!…
Pelo menos, serviu pra rir.
Boa tarde! Infelizmente é pura realidade, e perante a atual conjuntura econômica, não vejo melhoria a curto e médio prazo. O que não podemos é perder a nossa essência.
Realmente.
Dei boas risadas com a analogia, porém, a situação é seríssima e sem perspectiva de melhora.. Excelente texto..
Obrigado.
Trabalhei em empresa estatal, na iniciativa privada, depois instituição da administração pública direta e novamente privada. Como são difíceis as coisa na segunda e principalmente na terceira. São regras para neutralizar as fraudes e privilégios direcionados, que em nada funcionam e ajudam os espertos a se corromperem. Na privada você escolhe o que precisa, paga com o seu cartão e pega a restituição no financeiro. Simples assim. Tive muita dificuldade em conviver na situação estatal. Precisava tirar nota de correntes, ferramentas… para com o dinheiro comprar equipamentos para alojamentos de empregados, por exemplo, o que o orçamento não me permitia. Isso na maior honestidade e boa fé. Hoje isso daria cadeia.
Coisas mudam mas nem sempre para o bem.
Valeu amigo.