Esposa, parte 2 – a aventura continua
Se você, caro leitor, ainda não leu, ou se leu e não se lembra, peço que se dirija ao texto no link, que diz respeito a primeira enganação sofrida por este que vos escreve tendo como autora minha esposa (texto aqui). Basicamente, uma continuação…
Esposa X Dieta
Não é de hoje que minha esposa está em pé-de-guerra (com hífen ou sem?) com a balança. Uma hora a balança vence, outra hora minha esposa perde e assim caminhando e cantando e seguindo a canção.
Um dia ela tomou uma decisão drástica: faria dieta. Estudos comprovam que 97% das dietas prometidas dia 31/12 a meia noite falham antes de terminar a primeira quinzena de janeiro. Outros 3% não quiseram opinar…
Tinha tudo pra dar errado, mas vamos lá. Também é papel do marido incentivar decisões não-continuas.
A farsa
Naquele dia fatídico eu cheguei do serviço e almocei. Não trabalharia na parte da tarde.
Na hora de sair pra faculdade eu fui na geladeira. E ir a geladeira de quem está fazendo dieta é igual pobre ir ao banco: só tristeza. Não havia nada de bom pra comer.
Como eu não podia comprar nada para não atrapalhar a dieta da Dona, eu resolvi sair um pouco mais cedo e passar numa lanchonete.
No centro da cidade tem um bom lugar. Dirigi-me pra lá sossegadamente enquanto o sol brilhava no horizonte e os pássaros emitiam seu canto (momento: preenchendo o texto até o clímax).
Eu cheguei na porta da lanchonete. Neste momento, o leitor deve estar esperando que, uma história narrada por um policial, estaria acontecendo um assalto, alguma coisa grandiosa. Não, o leitor já sabe que não…
O flagrante
Lá no fundo estava ela. Escondida entre os bancos. Como boa paisana, sentada de costas pra rua, alheia ao mundo e vivendo no seu mundo só. Detalhe: deliciando uma coxinha de frango com catupiry. Trazia em seus lábios marcas de ketchup. Na roupa, maionese que caiu de tanto encher o salgado. E ainda um big copo de suco.
Cada mordida na coxinha era uma atividade criminosa. Um delito continuado que sabe Deus a quanto tempo era cometia.
Cheguei vagarosamente para abordagem. Dizem que cobras se alimentando ficam mais nervosas. Isso não é uma comparação esposa – serpente. Só deixei essa informação aí em cima pro leitor mesmo. Agora, se você pensou outra coisa, se acerte com sua esposa…
Coloquei a mão em seus ombros e disse bem baixinho: “amor”.
Ela se virou. Ficou pálida. Transparente. Engasgou com a coxinha. Tossiu. Arregalou os olhos. Pensou um pouco e disse: “amor, você por aqui?”.
A polícia
Quando você entra na polícia você se esforça muito para as coisas funcionarem. A geladeira da segurança vive vazia, mas você está lá. Firme e forte. As vezes frustrado porque as coisas não diminuem, digo, a violência.
Mas a vida sempre ensina. E um dia você percebe o porque.
Não dá pra mudar o mundo. Mas dá sempre pra fazer a sua parte. E como sempre dizemos por aqui: deitar e dormir o sono dos justos. Essa é a motivação.
Ah, quer saber como terminou a situação da lanchonete? Pois é, casamento não é 100% igual a segurança. Sentei ao lado dela, disse um “eu te amo mesmo assim” e chamei a garçonete: “traz mais uma coxinha!”
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Kkkkkk gostei dessas aqui em casa e toda segunda, minha esposa sai com uma, dieta ou caminhada. Não dura uma semana.
Normal. Igual lá em casa. Diz ela que vai começar outra dieta. To esperando.
Excelente!
Sei que você a pegou na flagra sem querer mas admiro o filling da policia para perceber algo errado. Fiquei surpreso essa semana quando a PRF prendeu dois militares reformados, de alta patente, sendo um deles ex-comandante Geral da PM de Alagoas, quando transportavam 1,5 milhões de reais num carro. Estavam nervosos e a PRF percebeu. Na hora do flagra nem o professor de esperteza sabe simular.
Pois é. Características da profissão e seus profissionais.
Como sempre ótimo texto!
O crime cometido pela sua “Dona” se enquadraria no rol dos “famélicos”?! Rs
Se sim, talvez caiba uma absolvição!
Pra vc meu caro Wesley, tenho apenas duas palavrinhas: pára bens!! Com hífen ou sem??
Um abraço e apareça!
Obrigado. Apareça a sra….visitar o Davi.
Muito bacana o texto! Kkkk
Valeu.
Kkkkkkkkk! Se não derrotar o inimigo, junti-se a ele. Ou seja, se não tem como “derrotá-la…. Garçon, me traz uma coxinha…kkkkkkkkk.
Com catupiry…rs
Você é fera.
Como sempre textos interessantes e com uma boa pitada de humor. Parabéns!
Vc é suspeito amigo….rs
Kkkkk. Lembrei daquele ditado, se não pode derrotar o inimigo junti-se a ele, naquela parte em que pede também uma coxinha. Pura presença de espírito. Kkkkkkk
Mais ou menos isso mesmo…rs
Kkkkkkk! Me fez lembrar daquele ditado popular, se não pode derrotar o inimigo junti-se a ele. Garçon me traz uma coxinha também. Pura presença de espírito.kkkk
Kkkkkkk! Não se sinta privilegiado, lembrei daquele ditado: quando não pode derrotar o inimigo junti-se a ele, quando relata que se sentou ao lado dela e pediu para a garconete para trazer mais uma coxinha, pura presença de espírito.
kkkkkk! imagino a cena na lanchonete: garçonete me traz uma coxinha, kkkkk , lembrei daquele ditado; se não pode derrotar o inimigo junte-se a ele, pura presença de espirito. Um forte abraço!
Kkkkkkkkkk
Boa demais.
Vlw.